terça-feira, 7 de abril de 2009

Goodbye Stranger !

Supertramp. O apoio de um excêntrico milionário holandês deu a Rick Davies (vocal e teclados) a oportunidade de montar sua própria banda, em 1969. Dessa formação inicial, só ficaram ele e o cantor, tecladista e guitarrista Roger Hodgson. Os dois discos iniciais passaram batidos, e o homem do dinheiro se mandou. Em 1973, eles encontraram a escalação ideal, com as entradas de John A. Helliwell (sopros), Dougie Thompson (baixo) e Bob C.Benberg (bateria). Deu certo. Mas ninguém imaginava o que aconteceria após o lançamento de seu sexto álbum, Breakfast In America. Poucos discos venderam tanto em 1979, com o mesmo ocupando o topo da parada norte-americana durante seis semanas. A explicação para esta popularidade é relativamente simples. O som da banda, que sempre se caracterizou por influências do rock progressivo e do som da fase 1967/70 dos Beatles, ganhou maior concisão, conseguindo a árdua tarefa de conciliar sofisticação instrumental e melodias contagiantes, além de letras inteligentes e algumas vezes carregadas da ironia típica dos britânicos. Isso, sem contar os vocais de Davies (voz mais grave) e Hodgson (voz mais aguda). O disco é bom como um todo. Os músicos dão um banho de competência, e a categoria de John Helliwell dividindo-se em sax, flautas e harmônica mostra o quanto um músico de sopros pode somar em uma banda de rock. Breakfast In America é o ponto alto da trajetória do Supertramp, grupo normalmente ignorado pela crítica, talvez pelo fato de ter feito grande sucesso comercial.

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